quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cupido

Ela era linda, um ser humano perfeito, andava com elegância, parecia que ela estava pisando em nuvens fofas, seus cabelos castanhos estavam sempre preso a um coque, desse jeito dava para ver seu rosto perfeito, não era triangular, era redondo, seu queixo comportava a linha do rosto, sua boca parecia que alguém tivesse desenhado em seu rosto, seus olhos davam o toque final, brilhavam como dois cristais, seus olhos azuis iluminam o seu rosto branco...

Todos os dias eu a observava, ela saia de sua casa, com toda sua formosura e elegância, e ia até a academia de ballet, até seus movimentos eram leves e elegantes, seus giros eram perfeitos, quando ela dançava, parecia que ela se entregava de corpo e alma, não ligava se alguém estava conversando alto, se o carro buzinava, se o transito estava caótico, ela só se importava com a música e com a dança...

E como um dia normal, como um dia qualquer ela estava caminhando com sua elegância, chegou na porta da academia, ela se deparou com um rapaz...

Ele era charmoso, alto, robusto, cabelo preto, curto, seu olhar fitou ela de uma m

aneira, que ela ficou paralisada, para eles os minutos que passaram se olhando se tornaram horas...Ela voltou para casa com um sorriso no rosto, e ele com o pensamento longe...

Ela queria ve-lo novamente, e ele tinha medo de não a encontrar, os dois novamente se encontraram na frente da academia ele abriu a porta para ela, ela entrou com um sorriso acanhado no rosto, no rosto dele a felicidade estava estampada. Como de costume ela já foi logo se alongando, ele por sua vez acanhado, sentou e começou a sonhar acordado, olhando ela dançando...

A aula começara e ele ainda estava lá, ela envergonhada, ele acanhado, e com uma ajudinha do destino os dois começaram a dançar juntos, parecia que ele se entregava para ela, e ela confiava nele, se jogava nos braços dele, e os dois foram fazendo a dança...

O amor embalava o coração e fazia a melodia, e eles só acompanhavam, ele fazia ela ficar mais leve no ar, e ela fazia sua força virar leveza, ele jogava ela para o alto com facilidade, e ela aceitava...

Estava acabando a aula eles mal estavam no meio da dança, a música foi cortada, foi ai que eles acordaram, ela foi correndo embora e ele foi atras, e com a minha ajuda, ele a beijou...










É estranho o amor ! Para mim é só um trabalho !


By.:Thata


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

1933- Laurene meu grande amor !

1933


Era outono, quando encontrei o amor de minha vida, na época eu tinha meus dezoito anos, apenas um garoto.

Em um fim de tarde, estava andando com meus colegas, nos estávamos indo para a sorveteria, que na época era o ponto de encontro dos meninos, chegando lá, a primeira coisa que vi, foi a garçonete...

Seus cabelos eram ruivos, estavam preso em um coque, com seus cabelos presos eu conseguia ver seu rosto inteiro, seu olhos pretos, sua boca estava pintada de vermelho, ela me olhou, seus olhos arregalados, naquele momento eu pude ouvir seu coração bater mais rápido, e fiquei com medo dela ouvir o meu também...

Eu desviei o olhar, e fui ao banheiro, olhei-me no espelho e arrumei meu cabelo, arrumei minha blusa e fui sentar, antes de me sentar, olhei nos olhos da garçonete, e me sentei, na hora que me sentei ela veio nos atender, ela anotou todos os pedidos, e quando foi anotar o meu, não me olhou nos olhos e me perguntou com sua voz doce e suave o que eu queria, minha vontade era de pegar na mão dela e falar “ Eu quero é você!”, mas na época era desrespeito com a moça, então abaixei minha cabeça e pedi, ela anotou e saiu, só quando ela saiu eu pude levantar minha cabeça.

Estava sentindo meu rosto queimar, logo percebi que estava vermelho, meus colegas começaram a fazer brincadeiras com isso, e novamente fiquei vermelho, as brincadeiras só pararam quando a garçonete chegou com os pedidos, quando ela entregou o meu, nossas mãos se encostaram, senti um calor dentro de mim, ela puxou sua mão rapidamente, e foi saindo, tomamos nosso sorvete, eu não parava de olhar para ela, e ela só me olhava nos cantos dos olhos..

Fiquei sentado na minha mesa até fechar a sorveteria, quando fechou ela veio em minha direção e pediu para eu me retirar que eles iam fechar, eu olhei em seus olhos, e vi de perto seu rosto, seus olhos tinham estrelas que brilhavam...

Ela estava diferente, com seus cabelos ruivos soltos, com as pontas viradas para cima, sua boca não estava mais pintada, seus olhos pareciam mais chamativos, eu convidei-a para sentar, ela olhou para os lados, e sentou, começamos a conversar, na conversa descobri seu nome, era Laurene, nome inglês, na conversa parecia que eramos amigos de infância, ela dava risada, e seu sorriso despertava algo que naquele momento não tinha despertado, nem percebemos a hora, o sol já tinha ido embora, ela olhou no relógio, e se levantou, segurei em sua mão, sua mão era quente, macia, eu me levantei e me convidei para leva-la embora, na época isso era romântico e cavalheirismo coisa que não existe mais, ela aceitou, esperei ela apagar as luzes e fechar a porta do comércio, e assim fomos embora conversando, dando risadas, e as vezes algumas pausas torturantes...

Quando chegamos na porta da casa dela, me deu um aperto no coração, minha vontade era de agarra-la e nunca mais a solta-la, ela me deu um beijo em meu rosto, fiquei sem reação, só sentia meu rosto queimar, sinal que já estava envergonhado, ela deu um sorriso no canto da boca, e se virou, quando ela virou meus músculos reagiram, segurei-a pelo braço, e a virei, ela me olhou nos olhos, seus olhos brilhando, puxei-a para mais perto e a beijei, passei minha mão em sua cintura, ela aceitou, percebi que ela também queria aquele beijo, abracei-a, e quando olhei no seus olhos, vi uma felicidade imensa, e sabia que nos meus olhos também havia, ela virou as costas, e abriu a porta, e pela sombra da janela a vi saltitando, meu coração estava acelerado, meu pensamento passava a cena do nosso beijo, eu corri pela rua, gritando, e pulando de felicidade...

No outro dia, eu precisava vê-la, precisava toca-la, e perceber que não era só um sonho, logo depois do almoço, fui correndo para a sorveteria, e pela janela eu vi seus cabelos ruivos presos, entrei na sorveteria, e me sentei no balcão, ela ainda não tinha percebido minha presença, quando ela virou para o balcão para me atender,levou um susto, eu olhei para ela, seus olhos se arregalaram, ela abaixou a cabeça e me atendeu, eu não consegui dizer nada, eu estava pensando que ela não havia gostado do meu beijo, já que aquele foi meu primeiro, e novamente esperei fechar a sorveteria, ela veio até mim e me pediu desculpa por não ter dado atenção é que aquele lugar era o local de trabalho dela, eu não havia pensado nisso, o que eu havia pensado era nela, e em ver-la,peguei em sua mão e fomos para sua casa, e isso tudo se repetiu por várias e várias vezes,passou um ano, até que um dia eu convidei-a para almoçar em minha casa, com meus pais, ela aceitou...

Estávamos em Julho, ambos de férias, peguei-a em sua casa, antes do sol se por, levei-a para minha casa, onde ela foi bem recebida, enquanto meu pai contava pela décima vez como conquistou minha mãe, eu pedi a palavra, me levantei e fiquei de joelhos na frente de Laurene, e tirei do bolso de minha calça uma caixinha, seus olhos se encheram de lágrimas, minha mãe segurou a mão de meu pai, eu perguntei se ela queria se casar comigo, ela me abraçou e me beijou, ela havia aceitado...

Mais um ano se passou, estavámos casados e morando em uma pequena casa...

Os meses foram se passando, e a Laurene estava ficando cada dia mais estranha, passava horas trancada no banheiro, estava distante de mim...

Em um dia chuvoso fui buscar-la na sorveteria, como todos os dias, quando cheguei lá, havia uma faixa enorme preta na frente, e a porta estava fechada, desesperado, fui correndo na casa da amiga dela Marta, ela abriu a porta olhou nos meus olhos, seu olhar era vago, não tinha brilho, parecia um quadro negro, me convidou para entrar, e quando eu vi Laurene deitada, pálida, no sofá de Marta, meu coração quase parou, corri em sua direção, peguei em sua mão, que não era mais quente, estava gelada, gritei desesperado para Marta ligar para algum médico, depois de uns dois minutos o Dr. Carlos, estava examinando-a, ele abaixava a cabeça passava a mão em seu cabelo, depois de uns quatro minutos, o Dr veio em minha direção, colocou sua mão em meu ombro, pediu para me sentar, naquele momento tive a sensação que Laurene não ia superar, ele me falou que Laurene tinha uma doença que na época não havia cura, meus olhos se enxeram de lágrimas, minhas mãos tremiam, meu coração pulsava cada vez mais rápido, corri em direção de Laurene, abracei-a, beijei seus lábios, quando olhei seu rosto, eu não pude acreditar, a mulher de meus sonhos estava morta..Morta em meus braços, seus olhos não tinham mais brilho, seu rosto estava pálido, sua pele estava branca, não estava mais sentindo nada, senti uma dor no peito horrível, tive que gritar para a dor de meu peito sair.

No outro dia, não queria levantar, não queria vê-la dormindo em paz, não queria dizer o adeus, tive que ir, não era justo com ela que passou a vida dela ao meu lado para eu não lhe agradecer, chegando lá, já não me sentindo bem, sentei-me do lado dela, as pessoas ao meu redor me consolando, mas nada daquilo adiantava, para mim o que iria me fazer bem era ela...Minha mãe me abraçou e me levou longe, eu só vi as pessoas levando-a de mim, ela era tão jovem tinha seus vinte e quatro anos, não fazia sentido ela ter ido naquele momento, quase todos haviam ido embora, só estava eu e Marta, eu me sentei no gramado, e chorava igual uma criança, Marta pegou em meu braço e me levou para casa...

No dia seguinte não fazia sentido eu acordar, para que eu ia acordar ? Se eu não teria ninguém para dizer bom dia, para abraçar, para dizer te amo, Marta me acordou, e começou a encaixotar as coisas de Laurene, eu chorava e dava risada contando as coisas que a gente vez, a cada lugar que andamos, cada palavra que ela havia me dito, mas uma coisa eu pedi para Marta não guarda, era seu uniforme de garçonete...

Se passaram anos, eu ainda sinto falta dela, mesmo passado vinte dois anos, eu ainda vou para o cemitério, e fico horas sentado na frente do tumulo dela, chorando e lembrando dos bons momentos, e quando passo pela sorveteria, eu sinto uma sensação horrível, parece que dentro de mim está vazio...

Quando pego o uniforme dela, sinto que ela está por perto....E sei que ela está, me protegendo, me guiando e me ajudando!


Depois de sete anos John se matou, e em suas mãos tinha um bilhete e na outra o uniforme, no bilhete estava escrito “ Laurene me chamou !”.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Meninas dos olhos

Em um sonho, conheci uma menina tão meiga, ela era tão pequena, estava sentada em sua cama com uma boneca ao colo, penteando os cabelos da boneca...

Eu me sentei do lado dela e ela não me enxergava, não sentia minha presença lá, ela sorria tanto, parecia que para ela não havia ruim e nem bom, só exista ela e a boneca...

Alguém tinha gritado e ela se levantou deixando a boneca em cima da cama e indo em direção aos gritos, ela viu que era seus pais novamente, voltou para seu quarto, pegou sua boneca pelos cabelos, e saiu de seu quarto novamente, arrastando a boneca no chão, com a cabeça baixa, choramingando, entrou em outro quarto, se sentou em uma cama, fechou a porta, e começou novamente a pentear seus cabelos...

Até que eu fiz algum barulho ela me olhou e meu sonho havia acabado...Acordei com falta de ar, como se eu tivesse levado um susto, tomei um banho e fui para a escola...

Nem lembrava mais do sonho, eu estava em meu canto, vendo as crianças curtindo sua infância e lendo um bom livro, quando uma menina me chamou a atenção, eu já a aconhecia, mas quando olhei ela, veio a menina do meu sonho...

Comecei a conversar com ela, no seu olhar tinha uma ponta de tristeza, e o resto de amor, nunca pensei que seria intrometida com ela, perguntei se ela estava bem, mesmo ela falando que estava, eu sabia que não, sabia que ela estava escondendo algo que estava a incomodando, e com muito esforço descobri que era as feridas que algumas meninas abriram nela, e sem ela perceber ela estava se abrindo, e eu via nos olhos dela, que a tristeza estava passando, e quando a tristeza acabou nos olhos dela eu pude ver o que eu sonhei, aquilo fez meu coração bater mais rápido, e vendo o meu sonho nos olhos dela, consegui sentir uma confiança que jamais eu havia sentido...

Agora sei que no mundo existe pessoas sinceras, e pessoas que podemos ver com clareza a inocência e a pureza nos olhos.

By.: Thata

Pessoas

Ultimamente eu tenho observado muito as pessoas, tenho me inspirado nelas, pois descobri que os sentimento não fazem as pessoas e sim as pessoas que fazem o sentimento.

Antes eu pensava que não conhecia um sentimento, e no fim descobri que não conhecia a pessoa que me fazia sentir esse sentimento.

Antes para mim o amor era um sentimento bobo, que fazia as pessoas enlouquecerem e sofrerem, mas no fim eu percebi que eu não sabia o que era o amor, pois não conhecia a pessoa que me fazia sentir esse sentimento.

E ao longo dessa descoberta, comecei a levar a vida, sem lágrimas, parecia que minha vida tinha saído da montanha russa, que minha vida agora estava em uma nuvem caminhando, eu me sinto mais leve.

Mas quando penso nas coisas, o medo toma conta de mim, sinto aquela vontade de pular de um penhasco, mas logo vejo uma pessoa para me confortar, para me explicar tudo ira passar, e essa pessoa transmite outro sentimento.

E mais uma vez sou surpreendida, mais uma prova que as pessoas fazem ou transmitem o sentimento...

Espero que as pessoas não se cansem de transmitir e de fazerem os sentimentos, se isso acontecer novamente a minha vida entrara em uma montanha russa com vários rodopios, e assim todas as vidas estarão perdida, pois precisamos de outras pessoas para nós seguirmos bem!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Escuridão...


Naquela escuridão, parecia não ter fim, parecia que a cada passo que dava era um passo para o abismo, e a cada momento meu coração batia cada vez mais rápido...

Minha respiração ofegante dava ecos naquela escuridão, o desespero começou a apertar, meu coração batia cada vez mais rápido, pensamentos horríveis começaram a surgir em minha cabeça...

O único jeito de tudo parar, era fechar os olhos e correr, correr depressa e sem rumo, quando minhas pernas se recusaram a correr, parei e não tive coragem de abrir meus olhos, até que eu senti uma mão fria em meu rosto suado...

Meus olhos se recusavam a abrir, aquela mão tão macia, ia passando em meu rosto, meu coração não batia tão rápido, minhas pernas não doíam, minha respiração não estava ofegante, abri meus olhos lentamente, e quando vi o rosto mais belo, não contive e deixei escapar um sorriso...

Levei minhas mãos na direção daquele rosto perfeito, não acreditava ser real, era belo, macio, seus olhos brilhavam, demonstravam calma, felicidade, seu sorriso parecia ser a luz daquela escuridão....

Aquele rosto perfeito, era seu, era simplesmente seu... E você naquela escuridão, me deu a mão, e me guiou fora daquele lugar escuro, vazio, medonho..

Quando sai na luz, pude ver ainda mais a beleza estampada em um rosto, não segurei minha felicidade e te abracei, forte, como se aquele abraço seria o último, você me abraçou, beijou minha testa, e deu aquele sorriso, meu coração voltou a bater forte de novo, e novamente fechei meus olhos, e te beijei...

Não tive medo da sua reação, eu estava completamente apaixonada por algo tão, tão inexplicável, mas de uma coisa eu sei explicar, você é real, e o que eu sinto também é real e sempre estará aqui, e quando eu estiver na escuridão, irei lembrar do seu rosto perfeito, do seu sorriso perfeito, da sua boca perfeita, e assim meu coração me guiará até você, para eu te agradecer por existir e por ter feito eu me apaixonar por você !


By.: Thata

Como eu não lembrei de mim mesma ?


Eu vendo fotos, e uma foto me chamou a atenção, de uma menina tão linda, tão fofa, no teu olhar uma inocência, seus cabelos curtinhos, sua carinha de anjo, virei a foto para achar uma pista de quem era, nada.

Aquela foto me fez ficar com uma curiosidade enorme, queria saber quem era aquela menininha, que estava no álbum de minha família.

Fiquei a noite inteira, vendo aquela menina, dos olhos pretos com a inocência e com a pureza neles, seus cabelos com pequenos cachinhos, e vendo aquela foto parecia que eu tava na foto, vendo cada expressão da menina, a da incerteza, do medo, da alegria...

Na manhã seguinte, peguei o álbum e vi mais fotos da menina, fiquei mais curiosa, vendo as fotos eu não lembrava, eu não lembrava do lugar, do dia, da menina...

E na última foto, da última página, uma foto do rosto da menina, naquela foto eu pude ver de perto, ver os detalhes mais pequenos, virei a foto e quando li o que estava escrito, meus olhos encheram de lágrimas, minhas mãos começaram a tremer, meu coração batia mais rápido, o que estava escrito me assustou, na foto era eu...

Aquela inocência eu tinha, aquela meiguice, aquela pureza no olhar, aquela cara de anjo era minha...Me assustei ao perceber que não lembrava do meu passado, que não lembrava dos momentos, não lembrava da minha infância...Eu não lembrava e ainda não lembro do tempo que eu era inocente, do tempo que para mim não me importava o mundo...

E no verso da foto eu escrevi “ Eu não me lembro de você!”


Menina da foto: Lara Forti


By.: Thata

Inspiração: Lara Forti



Voltei

O medo passou, o desespero foi embora.
Novas idéias, novos ideais, novos caminhos...

Pensei muito antes de voltar a escrever, quero dizer voltar a escrever e postar, percebi que escrever é minha vida, e se alguma pessoa copiar meu texto, quer dizer que meu trabalho é admirado, que é apreciado, então eu irei postar e se alguém for copiar por favor só me avisar eu irei deixar só preciso saber que copiou, e peço para não assinar no teu nome !

Bom então nessa terça-feira quente, abafada, triste, vou recomeçar !