Era uma tarde fria, peguei meu casaco e fui andar pela rua, olhei para o céu, tava tão lindo, céu azul meio escuro, e as nuvens rosas, continuei andando pela calçada, e de vez em quando eu olhava para o céu, e em uma dessas olhadas, tropecei em um rapaz, olhei para ele, e todas as palavras me fugiram, ele tinha derrubado a pasta dele, estava falando para eu tomar cuidado, abaixou pegou algumas folhas que haviam caído, ajudei ele, ainda sem palavras, nem o “desculpa” me passava pela cabeça, eu só conseguia lembrar dos olhos dele, me abaixei peguei as folhas e entreguei para ele, ele pegou da minha mão e pela primeira vez me olhou, ele estava falando e parou quando olhou em meus olhos...
Seus olhos eram uma mistura de castanho com verde, e o resultado era a cor mais linda que já vi, ele sorriu, e mais uma vez as palavras fugiram, ele ajeitou seu terno, agradeceu, seguiu em frente, quando as palavras voltaram eu virei e pedi desculpas, ele me olhou sorriu, eu envergonhada continuei, eu olhava para o céu as nuvens rosas ainda estavam lá, mas eu só lembrava dos olhos e do sorriso, quando parei para atravessar a rua, senti uma mão em meu braço, foi ai que acordei de meus pensamentos, me virei e lá estava de novo aqueles olhos e aquele sorriso, parecia que a cada vez que eu olhasse para os olhos dele eu ficaria sem fala, e todas as vezes que ele me via sorrir ele ia responder com outro sorriso bobo, ele me convidou para tomar um café, aceitei e pedi desculpas novamente, ao caminho do café, fiquei olhando as nuvens, e lá estavam elas rosas parecendo os algodões doces coloridos, percebi que ele estava me observando, olhei para ele e sorri, ele apontou para as nuvens e disse “Lindas não ? Parece uma obra de arte, não tem como não reparar nelas.” Os olhos deles brilhavam enquanto falava das nuvens.
Sentamos um de frente com o outro, ele estava me olhando, enquanto eu tirava, o cachecol, e o casaco, quanto tirei a toca e soltei meus cabelos castanhos, ele sorriu e ouvi bem baixinho uma risada, eu olhei para ele espantada, passei a mão no meu cabelo, achei que tinha algo, perguntei a ele o que achava graça, ele olhou para mim e balançou a cabeça “ Não é nada, eu só achei você muito bonita”, senti minhas bochechas queimarem, peguei o cardápio rapidamente e cobri meu rosto, pedimos, e começamos a conversar, não parei de notar o rosto lindo dele, cabelo pretos, olhos perfeitos, e um sorriso que deixa qualquer uma boba, ele olhava para o relógio, me levantei, achando que estava o incomodando, ele seguro em minha mão “ Na onde você vai ?”, sua mão era macia, olhei para ele, olhei para a mão dele, ele tirou e pediu para me sentar, perguntei se eu estava o atrapalhando, ele disse não, tirou do terno dele um remédio, e tomou, ele sorriu, e continuou a conversa como se nada tivesse acontecido.
Começava a anoitecer, saímos do café, me despedi dele e tomei rumo para minha casa, eu pensava como aquela tarde e aquele encontro foram malucos, sorri e balancei a cabeça, ouvi alguém me chamar, olhei para trás e trombei de novo com ele, ele deu risada, e deu alguns passos para trás “Você sempre tromba nas pessoas? Alias do que estava sorrindo ?” eu sorri, e respondi “Eu só trombo com você, eu tava lembrando dessa tarde.” O vento estava forte, e quando toquei em meu pescoço, percebi que estava sem o meu cachecol, levei um susto, ele com aquele sorriso, esticou sua mão e me entregou o cachecol, ele me perguntou na onde morava, disse para ele, me ofereceu carona, recusei, então ele perguntou se ele podia me acompanhar, aceitei, no caminho de minha casa ficamos em silencio, as vezes falávamos alguma coisa e logo parávamos, quando chegamos em minha casa, ele apontou para o portão “Chegamos ?” balancei a cabeça que sim, procurei minhas chaves, abri o portão, ele segurou em minha mão, e me virou, fiquei surpresa, ele me deu um beijo na testa, e me deu o cartão dele, e ficou lá esperando eu entrar em casa, entrei e acenei para ele, fechei a porta, sentei no sofá e fechei meus olhos e lembrei de todos os momentos dessa tarde.
Continua
By.: Thata